segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Em Cima da Hora



Em Cima da Hora

Em Cima da Hora
Fundação 15 de novembro de 1960 (51 anos)[1]
Escola-madrinha Portela
Cores Azul e Branco
Símbolo um relógio e uma lira
Bairro Cavalcante
Presidente Heitor Fernandes
Carnavalesco Marco Antônio
Intérprete oficial Serginho Gama
Diretor de carnaval Gustavo Barros
Diretor de harmonia Marcelo
Diretor de bateria Mestre Noca
Rainha da bateria Gracy Kelly
Mestre-sala e porta-bandeira Pedro Figueiredo e Paula Campos
Coreógrafo Victor Hugo
Desfile de 2012
Enredo Simplesmente Amor

Grêmio Recreativo Escola de Samba Em Cima da Hora é uma escola de samba da cidade do Rio de Janeiro, fundada a 15 de novembro de 1959.

Sediada no bairro de Cavalcante, ficou famosa pela apresentação do samba Os sertões no carnaval de 1976.

À escola pertenceu o célebre compositor Baianinho, eleito Cidadão do Samba. Entre outras figuras importantes ligadas à escola, pode-se citar também os sambistas Carioca e João Severino, o jornalista Sérgio Cabral e o antigo presidente da AESCRJ, Ney Roriz, que foi seu carnavalesco e presidente de honra.

Índice [esconder]
1 História
2 Carnavais
3 Ligações externas
4 Referências
5 Notas


[editar] HistóriaOs registros do Carnaval que a primeira agremiação a utilizar o nome "Em Cima da Hora" foi uma entidade do bairro do Catumbi, que teria sido um bloco carnavalesco, mas que participou do concurso de escolas de samba nos Carnavais de 1933[2] e 1934[3]

Em novembro de 1960, numa reunião entre sambistas do bairro de Cavalcante que pretendiam fundar uma nova escola de samba, conta a historiografia do Carnaval carioca que após muitas discussões, mas sem se chegar a nenhuma conclusão sobre o nome da nova, um dos presentes, de repente, olhou para o seu relógio e verificou que já eram três horas da manhã, exclamando em seguida "Estou em cima da hora de chegar em casa".[4] Achando a situação engraçada, os demais presentes concordaram que o nome da escola de samba deveria ser "Em Cima da Hora", uma clara referência à antiga agremiação do Catumbi. vale lembrar que nesse bairro, dois dos seus fundadores, Leleco e Baianinho, haviam passado parte da infância, antes de irem morar em Cavalcante.

Outras fontes dizem que a escola teve origem num bloco, conhecido originalmente como "Bloco do Leleco", e que possuía as cores verde e branco, e que só posteriormente, com a transformação em escola de samba, aquele nome foi adotado. De qualquer forma, a história da Em Cima da Hora começa em 15 de novembro de 1959, quando foi batizada pela co-irmã Portela, adotando as cores azul e branco.

A escola estreou no carnaval oficial em 1962, com o enredo "Independência do Brasil", obtendo a 16ª colocação no Grupo 3.[5] grupo que venceu em 1966.

Em 1968, com o carnavalesco Roriz, venceu o Grupo 2, chegando a primeira divisão em 1969. Só ficou nela por um ano, mas retornou em 1972, permanecendo por mais até 1976. Nesse meio tempo, conquistou em 1973 seu primeiro Estandarte de Ouro com o samba-enredo O Saber Poético da Literatura de Cordel, de Baianinho.

Em 1976, a Em Cima da Hora apresentou um samba-enredo que é considerado por especialistas como um dos melhores de todos os tempos: Os Sertões, de Edeor de Paula, conquistando seu segundo Estandarte de Ouro. Apesar disso, ao terminar a competição na 13ª e penúltima colocação, foi rebaixada.

Em 1984, o samba "33 - Destino Dom Pedro II", de Guará e Jorginho das Rosas, a Em cima da Hora conquistou seu terceiro Estandarte de Ouro, retornando ao Gruo Especial, contando com patrocínio direto do então presidente de honra, o ex-carnavalesco Roriz. Novamente, mno entanto, não se firmou na primeira divisão. Nos anos que se seguiram, a escola ganhou o Estandarte de melhor Ala das Crianças, sob a coordenação de Dona Didi, e o de melhor Passista Masculino através do então iniciante Carlinhos de Jesus, filho do presidente Amarante. Nesta época comandavam a agremiação: Zeca Esteves, Gonçalves, Severino, Amarante de Jesus e Ney Roriz, considerados baluartes pela comunidade.

Tendo iniciado seu recente declínio de classificações, em 1998 e 1999, perdendo contingente local e seus dirigentes famosos, mesmo endividada e sem conceito entre os componentes famosos, mesmo já sem suas características e totalmente enxertada, em 2000, a Em Cima da Hora empatou com a Tuiuti e só não subiu para o Grupo Especial porque perdeu no quesito desempate. O povo da escola estava ausente, somente o nome era da escola.

No entanto, a escola desde 1998 vinha amargando trajetória de queda: caiu em 2001 do Grupo A para o B; do B para o C em 2003; e no carnaval de 2004 amargou mais um rebaixamento ao cair para o Grupo D, a quinta divisão do carnaval carioca, a condição mais baixa da sua história. Conquistou o acesso novamente em 2005, reeditando em 2006 o seu antigo carnaval de 1974, A Festa dos Deuses Afro-Brasileiros, quando foi novamente campeã.

Em 2008, ano das comemorações a respeito da chegada da Família real ao Brasil, a escola adotou um enredo crítico à figura de Dom João VI, na contramão do que fizeram algumas escolas do Grupo Especial, como a São Clemente e Mocidade. Nesse ano, a escola amargou outro rebaixamento.

Para o Carnaval de 2010, a escola, que comemora seu cinquentenário, escolheu este tema para se apresentar na Intendente Magalhães. O enredo foi desenvolvido pelo carnavalesco Sandro Gomes,[6][7] no entanto em outubro de 2009, houve uma mudança, e Sandro Avelar assumiu a direção de Carnaval, trazendo para o posto de Carnavalesco Marco Antônio, com quem também fazia parceria no Império da Praça Seca, uma divisão abaixo. Com um samba que citava Lelelo, a Portela e toda a história da agremiação,[7] a Em Cima da Hora venceu o Carnaval, retornando novamente à quarta divisão.

A partir da eleição de Sandro Avelar para a presidência da Praça Seca, este teve que deixar o cargo, sendo substituído, como diretor de Carnaval, por Sérgio Aguiar. Além desta, foram anunciadas algumas trocas para o Carnaval 2011, como a entrada de Jackeline Nascimento no posto de diretora de harmonia, no lugar de Fábio Lima, além de Mestre Serginho por Mestre Claudinho, Carlinhos de Jesus, cria da escola, retorna para assumir a comissão de frente. Por fim Tiãozinho Cruz[8] retorna pra ser o intérprete oficial.

[editar] CarnavaisEm Cima da Hora
Ano Colocação Grupo Enredo Carnavalesco
1962 16°lugar 3
(terceira divisão) Independência do Brasil Osmar da Rocha
1963 24ºlugar 3
(terceira divisão) Insurreição Pernambucana
1964 11ºlugar 3
(terceira divisão) Apoteose econômica e financeira do império Sebastião Souza de Oliveira
1965 4ºlugar 3
(terceira divisão) Carnaval do Rio através dos séculos Sebastião Souza de Oliveira
1966 Campeã 3
(terceira divisão) Missão artística francesa em 1816 - Debret Sebastião Souza de Oliveira
1967 3ºlugar 2
(segunda divisão) Vida e amores de Dona Beija Sebastião Souza de Oliveira
1968 Campeã 2
(segunda divisão) Anita Garibaldi, amor e revolução [9] Ney Roriz
1969 10ºlugar 1
(primeira divisão) Ouro escravo [9][nota 1] Ney Roriz
1970 8ºlugar 2
(segunda divisão) O mundo maravilhoso de Debret [9] Sebastião Souza de Oliveira
1971 Campeã 2
(segunda divisão) Este Rio que eu amo Sebastião Souza de Oliveira
1972 8ºlugar 1
(primeira divisão) Bahia, berço do Brasil [9][nota 2] Sebastião Souza de Oliveira
1973 6ºlugar 1
(primeira divisão) O saber poético da literatura de cordel [9][nota 3] Sebastião Souza de Oliveira
1974 8ºlugar 1
(primeira divisão) Festa dos deuses afro-brasileiros [9][nota 4] Sebastião Souza de Oliveira
1975 12ºlugar 1
(primeira divisão) Personagens marcantes dos carnavais cariocas [9][nota 5] Sebastião Souza de Oliveira
1976 13ºlugar 1
(primeira divisão) Os Sertões[9][nota 6] Sebastião Souza de Oliveira
1977 13ºlugar 1
(primeira divisão) Heitor dos Prazeres, um artista carioca [9] [nota 7] Sebastião Souza de Oliveira
1978 Campeã 3
(terceira divisão) O samba é o embaixador Ney Roriz
1979 10ºlugar 2A
(terceira divisão) Do astro rei, a rainha das flores Ney Roriz
1980 5ºlugar 2A
(terceira divisão) Bahia, Bahia tradicional Bahia Ney Roriz
1981 Vice campeã 2A
(terceira divisão) Boi Bumbá com abóbora [9][nota 8] Ney Roriz
1982 4ºlugar 1B
(segunda divisão) Popô, Papá, Bubu, Babá [9][nota 9] Ney Roriz
1983 10ºlugar 1B
(segunda divisão) Enredo, sem enredo [9][nota 10] Ney Roriz
1984 3ºlugar 1B
(segunda divisão) 33 – Destino D. Pedro II [9][nota 11] José Leonídio e Regina Celi
1985 16ºlugar 1A
(primeira divisão) Me acostumo mas não me amanso [9] [nota 12] Comissão de Carnaval[Comissão1985 1]
1986 5ºlugar 1-B
(segunda divisão) Terra Brasilis[9][nota 13] Sérgio Amarildo
1987 9ºlugar 2
(segunda divisão) Kid Morangueira da Silva, o embaixador dos morros [9][nota 14] José Leonídio e Regina Celi
1988 Vice-campeã 3
(terceira divisão) Samba-ô Vando
1989 9ºlugar 2
(segunda divisão) Num passe de mágica [9][nota 15] Regina Celi e José Leonídio
1990 5ºlugar 2
(terceira divisão) Saudades do Rio Júlio Matos
1991 4ºlugar 2
(terceira divisão) Um sonho que virou canção - Elymar Santos [9][nota 16] Beto Maia
1992 8ºlugar 2
(terceira divisão) A sombra da ilusão uma fantasia brasileira José Eugênio
1993 7ºlugar 2
(terceira divisão) Eca 8069 Reynaldo Valença
1994 3°lugar 2
(terceira divisão) De Freqüência em freqüência na Cadência do Samba Comissão de Carnaval[nota 17]
1995 10°lugar A
(segunda divisão) No reflexo do espelho a arte de dançar [9][nota 18] Reinaldo Valença e Edson Araújo
1996 6ºlugar A
(segunda divisão) Iara cigana, canta, dança e toca, é Rio, é rua, é Carioca [9] [nota 19] Ney Roriz e André Machado
1997 5ºlugar A
(segunda divisão) Sérgio Cabral a cara do Rio[9][nota 20] André Machado e Fernando Pamplona
1998 7ºlugar A
(segunda divisão) Quem é você, Zuzu Angel?... Um anjo feito mulher [9][nota 21] Ernesto Nascimento e Actir Gonçalves
1999 6ºlugar A
(segunda divisão) Horas... Eras de Glórias... E Outras Histórias [9][nota 22] Alex de Souza
2000 3°lugar A
(segunda divisão) Oswaldo Cruz, a saga de um herói brasileiro [9][nota 23] Alex de Souza e Ernesto Nascimento
2001 12°lugar A
(segunda divisão) Goiá Tacá Amopi - o campo das delícias [9][nota 24] Luiz Marques
2002 10°lugar B
(terceira divisão) A poesia viaja de bonde, e a Em Cima da Hora conta essa linda história [9][nota 25] Sílvio Cesar
2003 11°lugar B
(terceira divisão) Décima quinta! A hora de Madureira [9][nota 26] Marcello Portela
2004 12°lugar C
(quarta divisão) Uai! Nóis é brasileiro[9][nota 27] Marco Antônio
2005 4ºlugar D
(quinta divisão) Mãe Baiana, Signo da Africanidade Carioca [9][nota 28] Cida Donato
2006 Campeã D
(quinta divisão) Festa dos Deuses Afro-Brasileiros [9][Enredo1974 1] Jorge Caribé
2007 5ºlugar C
(quarta divisão) Os tambores do Brasil [9][nota 29] Jorge Caribé
2008 12ºlugar C
(quarta divisão) Entre pulgas e piolhos... Assim levaram nossos tesouros [9][nota 30] Jorge Caribé
2009 5ºlugar D
(quinta divisão) Sob as barbas de Noé, colori de Azul e Branco a Arca de Vinicius [9][nota 31] André Tabuquine
2010 Campeã RJ-3
(quinta divisão) 50 anos de história, assim conta minha senhora, Em Cima da Hora [9][nota 32] Marco Antônio
2011 5ºlugar C
(quarta divisão) É Carnaval....abram as alas para a folia [nota 33] Marco Antônio
2012 C
(quarta divisão) Simplesmente Amor Marco Antônio

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