segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Vizinha Faladeira


Vizinha Faladeira

Vizinha Faladeira
Fundação 10 de dezembro de 1932 (78 anos)[1]
Cores Azul, vermelho e branco[1]
Símbolo Sereia[1]
Bairro Santo Cristo[1]
Presidente Jorge Alexandre (Quinzinho)
Carnavalesco Newton Ribeiro e Carlos Cavalliere
Intérprete oficial Fabinnho Ribeiro
Diretor de carnaval Érico Marcelo
Diretor de harmonia Érico Marcelo
Diretor de bateria Banana e Rui
Rainha da bateria Lú Fogaça
Mestre-sala e porta-bandeira Paulo e Leticia
Coreógrafo Milton Filho
Desfile de 2012
Enredo A essência da vida... O progresso social sob a liberdade e igualdade
Horário 20:30 h

Agremiação Recreativista Escola de Samba Vizinha Faladeira, fundada a 10 de dezembro de 1932, é uma escola de samba da cidade do Rio de Janeiro, que esta sediada no bairro do Santo Cristo, mas devido a Revitalização da Zona Portuária, perderá sua sede[2], estando sem quadra.

Índice [esconder]
1 História
2 Classificações
3 Ligações externas
4 Referências
5 Notas


[editar] HistóriaO nome da escola surgiu como uma espécie de ironia a duas moradoras da Rua da América, a "Velha França" e a "Velha do Beco", conhecidas e afamadas faladeiras das vidas alheias.

A escola é conhecida por ter ficado com as atividades paralisadas entre 1940 e 1988, um total de 48 anos. Em sua história, destacam-se os enredos sobre contos infantis.

A Vizinha Faladeira está sendo resgatada, por um grupo de pessoas ilustres e de boa vontade, agregando os trabalhadores do porto e os moradores dos bairros da Saúde, Santo Cristo, Morro do Pinto, Providência, além de pessoas da Zona Sul, que começam a descobrir a escola.

A Vizinha Faladeira participou pela primeira vez dos desfiles em 1933[3]. No ano seguinte, com o enredo Malandro Regenerado, a escola trouxe 12 luxuosas limusines, com pessoas bem vestidas, formando a comissão de frente. Gambiarras iluminavam a avenida, num desfile em que, apesar de delirantemente aplaudida, a escola obteve o 6º lugar.[4]

Para o carnaval de 1935, foram contratados os irmãos Garrido, os melhores cenógrafos da época. O enredo escolhido para o desfile foi Samba na Primavera. Naquele ano, segundo alguns estudiosos, a Vizinha teria apresentado o primeiro carro alegórico utilizado numa escola de samba: um caramanchão sobre rodas. A comissão de frente veio montada a cavalo. Mais uma vez o sucesso foi extraordinário, mas a escola ficou novamente apenas em 4º lugar.[5]

Em 1936, quando o público e a imprensa aguardavam mais novidades, a Vizinha apresentou o enredo Ascensão do Samba na Alta Sociedade. Pela primeira vez desfilou uma ala de damas, com sombrinhas. Os integrantes da bateria vieram fantasiados de malandros, com seus instrumentos de barrica francesa. Uma sofisticação, já que as outras escolas traziam instrumentos pesados e de má qualidade de som.[carece de fontes?]. Novamente obteve o 6º lugar. [6]

Uma só bandeira foi o enredo de 1937, uma homenagem às bandeiras nacional e dos estados. Naquele ano, o luxo e o esplendor das sedas fornecidas só foram superados pelas 40 gambiarras que a escola trouxe, iluminando a Praça Onze com as luzes flamejantes dos lampiões de carbureto. Foi um grande contraste com as co-irmãs, iluminadas com velas e lamparinas. Naquele ano, a escola conquistou seu único título da divisão principal.[7]

Em 1939, a Vizinha Faladeira trouxe o maior carnaval da década de 30. O enredo Branca de Neve e os 7 Anões teve, pela primeira vez no carnaval, uma ala infantil, fantasiada de anões, e apresentou, também pioneiramente, destaques luxuosos, em cima dos carros. A consagração foi total.[carece de fontes?] Quando todos esperavam o bicampeonato, veio a decepção: a escola foi desclassificada por infringir o item do regulamento que proibia temas estrangeiros. [8]

Devido a este fato, a diretoria resolveu acabar com aquela que fora a maior, a mais rica, a mais irreverente e revolucionária escola da época.[carece de fontes?] Mas em respeito a seus componentes e ao grande público a diretoria preparou a última surpresa: no Carnaval de 1940, a Vizinha desfilou normalmente até divisar o palanque dos julgadores, parando mesmo antes de se apresentar para os mesmos e desfraldando uma faixa com os dizeres: "Devido às marmeladas, adeus Carnaval. Um dia voltaremos", e desfilou por trás do palanque dos julgadores, caracterizando-se assim, o primeiro e mais importante protesto em desfiles de Escolas de Samba até os dias de hoje.

No dia 6 de janeiro de 1989, quase cinquenta anos após ficar com a bandeira enrolada, foi convocada uma assembleia geral e foi revivida a escola, que desfilou no Grupo de Acesso no ano de 1990. Foi campeã com um enredo sobre Clara Nunes.Esse resgate da escola contou com um grupo de pessoas ilustres e de boa vontade, agregando os trabalhadores do porto e os moradores dos bairros da Saúde, Santo Cristo, Morro do Pinto, Providência, além de pessoas da Zona Sul, que começam a descobrir a escola. Mas os tempos são outros e a escola, apesar de ter conseguido chegar ao segundo grupo na década de 90 e repetindo esse feito na primeira década dos anos 2000, ainda sente dificuldade de se manter nos principais grupos do carnaval carioca.

Em 2003, a escola resolve trocar a sua bandeira. O antigo símbolo da vizinha linguaruda foi deixado de lado e surgiu uma sereia em seu lugar. A vizinha linguaruda foi o símbolo da primeira formação da escola, nos anos 30, e mantida durante alguns anos após a volta da escola aos desfiles. O novo símbolo deu sorte e a escola conquistou mais um titulo em 2004, conseguindo ascender ao Grupo A, no qual permaneceu por dois anos, de 2005 até 2006, quando foi rebaixada para o Grupo B.

Em 2008, terminou na penúltima posição no grupo B, tendo que desfilar no Grupo C em 2009.

Em 2010, trouxe como enredo Uma viagem fantástica viagem no mundo do pirlimpimpim, novamente uma temática infantil, cantada num samba de seis autores, totalmente em menor. Terminou na 5º colocação, permanecendo no mesmo grupo para 2011.

[editar] ClassificaçõesVizinha Faladeira
Ano Colocação Grupo Enredo Carnavalesco
Desfilou, sem classificar no ano de 1933
1934 sem classificação
6ºlugar (extra)[4] Malandro Regenerado
1935 4ºlugar[5] único Samba na Primavera Irmãos Garrido
1936 6ºlugar[6] único Ascensão do Samba na Alta Sociedade Irmãos Garrido
1937 Campeã[7] único Uma só bandeira Irmãos Garrido
não houve desfile em 1938
1939 Desclassificada único Branca de Neve e os 7 Anões Irmãos Garrido
Esteve inativa entre 1939 e 1989
1990 Campeã D
(quinta divisão) Clara Nunes, o canto de um povo Jorge Nova
1991 4ºlugar C
(quarta divisão) Eu sou o samba Jorge Nova
1992 Campeã C
(quarta divisão) Quem é do mar não enjoa Jorge Nova
1993 10ºlugar B
(terceira divisão) Um ser criança Sergio Murilo
1994 Vice-Campeã B
(terceira divisão) Sou Rei - Sou Rainha - Na corte da Vizinha Paulo Barros e Henrique Celibe
1995 6ºlugar A
(segunda divisão) O Relicário do samba Paulo Barros e Henrique Celibe
1996 4ºlugar A
(segunda divisão) Elba Popular Brasileira Jorge Nova
1997 10ºlugar A
(segunda divisão) Lan, a cara alegre e colorida do Rio Sylvio Cunha
1998 7ºlugar B
(terceira divisão) Cem anos de existência: tome Providência. Júlio Mattos
1999 10ºlugar B
(terceira divisão) Sou Vizinha Delirando a Passarela, É Paulínea na Sapucaí Guina Nascimento e Carlos Mazzarella
2000 4ºlugar C
(quarta divisão) Mata Atlântica - SOS nos 500 do Brasil Comissão de Carnaval
2001 10ºlugar B
(terceira divisão) Uarará, o fruto da vida Comissão de Carnaval
2002 5ºlugar B
(terceira divisão) Nem tudo que reluz é ouro Paulo Barros
2003 7ºlugar B
(terceira divisão) Todo mundo tem família - A história é a mesma, só muda o endereço Lílian Rabello
2004 Campeã B
(terceira divisão) A Bela Adormecida Flávio Policarpo
2005 7ºlugar A
(segunda divisão) 2222 Gil, o Expresso da Cultura no Brasil Flávio Policarpo e Antônio Sérgio
2006 9°lugar A
(segunda divisão) Adorável loucura na cidade do encantamento Severo Luzardo
2007 5ºlugar B
(terceira divisão) Oduduya - a volta ao tempo da criação[1][Compositores2007 1] Jorge Caribé
2008 13ºlugar B
(terceira divisão) Vizinha Faladeira no Brasil das maravilhas[1][Compositores2008 1] Laerte Gulini
2009 6ºlugar RJ-2
(quarta divisão) A luz da vida jamais se extinguirá[1][Compositores2009 1] Walter Guimarães
2010 5ºlugar RJ-2
(quarta divisão) Uma viagem fantástica viagem no mundo do pirlimpimpim[1][Compositores2010 1] Orlando Júnior
2011 16ºlugar C
(quarta divisão) Vizinha Faladeira dá as cartas Jorge Castro
2012 D
(quinta divisão) A essência da vida... O progresso social sob a liberdade e igualdade [nota 1] Newton Ribeiro e Carlos Cavalliere

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