segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

G.R.E.S. TRADIÇÃO


G.R.E.S. TRADIÇÃO
Histórico





De um movimento de dissidência na Portela, ocasião em que despontou como principal nome Nézio Nascimento, filho do saudoso Natal, é que surgiu o G.R.E.S. Tradição. Nézio Nascimento, Léa, Odiléa, Tureca, Mazinho, João Nogueira, Vilma Nascimento e Paulo César Pinheiro foram os fundadores.
Tudo aconteceu em 1984, quando sete alas foram eliminadas da Portela pelo então Presidente Carlinhos Maracanã. Os diretores da escola de Natal, Paulo Tavares, Mauro Tinoco, Sérgio Aiub, César Augusto Ferreira, Vera Lúcia Correa e Jorge Paes Leme se incorporaram à nova escola que surgia, bem como outras figuras importantes: Tia Vicentina (irmã de Natal), Marlene (filha de Nozinho) e Vilma Nascimento, famosa porta-bandeira. Nézio procurou então Maria Augusta e a convidou para assumir o departamento de carnaval. Ela sugeriu que se reunisse um grupo de artistas plásticos (inclusive a própria) para fazerem o carnaval da escola, o que ocorreu. Os carnavalescos escolhidos, e, que participaram em conjunto até 1988, foram Rosa Magalhães, Lícia Lacerda, Paulino Espírito Santo, Edmundo Braga, Viriato Ferreira e Maria Augusta, tendo como assistente o mineiro João Rosendo. Este foi o responsável pelo carnaval de 1989.

Seu primeiro nome foi Sociedade Cultural e Recreativa Portela Tradição. Logo em seguida, devido a vários contratempos e processos na Justiça, este foi mudado para S.C.R. Amor e Tradição. Finalmente, após uma reunião histórica, a agremiação foi batizada com o nome de G.R.E.S Tradição.

Nézio convidou vários compositores famosos para a composição do samba-de-enredo da escola, mas os únicos que aceitaram foram Paulo César Pinheiro e João Nogueira, que, em 1984, tinham um samba já gravado chamado Xingu, que acabou sendo o tema-enredo. A escola ficou sem ala de compositores até o carnaval de 1989, sendo então, os dois compositores responsáveis pelas produções musicais.Para o carnaval de 1990 foi criada a ala dos compositores.

A Tradição foi a Escola de Samba de trajetória mais rápida (este feito faz parte da história do carnaval), em face de ter sido campeã por três anos consecutivos, passando por conseguinte, num piscar de olhos, do quarto para o primeiro grupo (atualmente Grupo Especial). Em seus 15 anos de história, a Tradição vivenciou bons e maus momentos, já chegando a desfilar no Sábado das Campeãs (Carnaval de 94), e em contra partida, em algumas oportunidades passou pela amarga experiência do rebaixamento. Hoje a escola vive um momento de auto-afirmação, onde a busca por uma identidade própria e uma maior identificação com o público fazem parte do dia-a-dia de seus Diretores e componentes.

Apesar de estar há pouco tempo na estrada do samba se comparada as suas co-irmãs, a Tradição possui marcas históricas importantes, em função de belos trabalhos que já apresentou e pelas personalidades que fazem ou fizeram parte da escola, como a magnífica ex-Porta Bandeira e hoje Destaque Vilma Nascimento, e o saudoso João Nogueira, que além de fundador deu a Tradição seus sambas mais belos.

A primeira quadra da Tradição foi a do Social Clube Marabu, na Piedade. Posteriormente, a escola se mudou para a atual quadra em Campinho, onde no início o chão da quadra era de terra e a cobertura era uma lona de circo. Apesar das condições precárias, nessa época a quadra apresentava lotação quase máximo e até mesmo a locomoção aos bares e banheiros era uma tarefa árdua, mediante o público presente.

Num dos poucos incidentes já ocorridos na quadra, o teto recém construído desabou ferindo vários presentes. Como já é característico da escola, demos a volta por cima, e hoje a quadra da Tradição, além de bem localizada e com uma bela infra-estrutura, é uma das maiores do Rio de Janeiro. Isso é prova da raça da Tradição. Raça de seus componentes e de seus admiradores.


Fundação: 01/10/1984
Cores: Azul e Branco
Presidente: Nésio Nascimento
Quadra: Est. Intendente Magalhães, 160 - Campinho - Rio de Janeiro - RJ
CEP: 21341-330
Tel: (0xx 21) 3350-5668
Fax: (0xx 21) 3390-1916
Barracão: Praça Dinorah de Queiroz, s/nº - Santo Cristo - Rio de Janeiro - RJ
CEP: 20220-580
G.R.E.S. TRADIÇÃO
Enredos e Classificações





ANO ENREDO CARNAVALESCO CLASS. GRUPO
1985 Xingu, o pássaro guerreiro Maria Augusta e Paulino Espírito Santo 1º(á) 2-B
1986 Rei Sinhô, Rei Zumbi, Rei Nagô - Eu também tô aí, tô aí sim sinhô Maria Augusta e Paulino Espírito Santo 1º(á) 2-A
1987 Sonhos de Natal Paulino Espírito Santo 2º(á) 2
1988 O Melhor da raça, o melhor do Carnaval João Rosendo 8º 1
1989 Rio, Samba, Amor e Tradição João Rosendo 16º(â) 1
1990 A coroação Jorge Luiz Vilela 4º 1
1991 De geração a geração nas asas da Tradição Jorge Luiz Vilela 1º(á) 1
1992 O Espetáculo maior... as flores Jorge Luiz Vilela 14º(â) Especial
1993 Não me leve a mal, hoje é carnaval Lícia Lacerda 1º(á) 1
1994 Passarinho, passarola, quero ver voar Lícia Lacerda 6º Especial
1995 Gira Roda! Roda gira! Lícia Lacerda 13º Especial
1996 Do barril ao Brasil Lícia Lacerda
(Comissão de Carnaval) 16º(â) Especial
1997 Os Balangandãs Orlando Júnior 1º(á) A
1998 Viagem fantástica ao pulmão do mundo Orlando Júnior 11º Especial
1999 Nos braços da história, Jacarepaguá, quatro séculos de glórias Orlando Júnior 12º Especial
2000 Liberdade! Sou Negro, sou Raça, sou Tradição Orlando Júnior 12º Especial
2001 O homem do baú - Hoje é domingo, é alegria, vamos sorrir e cantar! Orlando Júnior 8º Especial
2002 Os encantos da Costa do Sol Orlando Júnior 13º Especial
2003 O Brasil é penta; R é 9, o fenômeno iluminado Orlando Júnior 13º Especial
2004 Contos de Areia Orlando Júnior 12º Especial
2005 De Sol a Sol, de Sol a Soja - Um Negócio da China! Mário Borriello 14º(â) Especial
2006 Bahia de Todos os Deuses Orlando Júnior 4° A
2007 Passarinho, Passarola, Quero Ver Voar Orlando Júnior 9º(â) A
2008 Isto Sim é a Tradição Orlando Júnior 7º B
2009 Saquarema, Princesinha da Costa do Sol. De Capital do Surfe à Casa do Vôlei Comissão de Carnaval 9º RJ I
2010 Rei Sinhô, Rei Zumbi, Rei Nagô - Eu Também Tô Aí, Tô Aí Sim Sinhô Sandro Gomes 7º RJ I
2011 Juazeiro do Norte, Terra de Oração e Trabalho. 100 Anos de Fé, Poder e Tradição Augusto de Oliveira 7º B

Nenhum comentário:

Postar um comentário