sábado, 3 de dezembro de 2011

G.R.E.S. IMPERATRIZ LEOPOLDINENSE


G.R.E.S. IMPERATRIZ LEOPOLDINENSE
Histórico
Fundação: 06/03/1959
Cores: Verde e Branco
Presidente: Luiz Pacheco Drummond
Quadra: Rua Professor Lacê, 235 - Ramos - Rio de Janeiro - RJ
CEP: 21060-120
Tel: (0xx 21) 2560-8037
Barracão: Cidade do Samba (Barracão nº 14)
Rua Rivadávia Correa, 60 - Gamboa - Centro - Rio de Janeiro - RJ
CEP: 20220-290





Em Ramos encontra-se a única escola de samba representante no Grupo Especial dos subúrbios cariocas da zona da Leopoldina - a Imperatriz Leopoldinense - em cuja bandeira cada um desses bairros são lembrados por uma estrela dourada. A zona da Leopoldina é um tradicional foco de resistência de cultura popular brasileira. Ao contrário do que muitos imaginam, essa região carioca sempre foi tão importante e famosa na qualidade de seu carnaval e competência de seus sambistas quanto seus rivais subúrbios da central. Em seu coração acha-se o maior e mais representativo acontecimento pré-carnavalesco - A Festa da Penha - tradicional cenário de confraternização de sambistas e lançamento de sua respectiva produção musical destinada ao próximo carnaval. Ali encontra-se o maior e mais famoso Bloco Carnavalesco do Rio de Janeiro - o Cacique de Ramos - e a Folia de Reis mais esperada na cidade. Foi nesse farto "caldeirão" de cultura popular que se fundou a Imperatriz Leopoldinense, uma quarentona, valente, embora femininamente elegante, que oferece majestosos carnavais aos cariocas e arranca, astuciosa e inesperadamente, vitórias inesquecíveis.
Foi Amaury Jório quem idealizou a fundação da agremiação, com os dissidentes da Recreio de Ramos.

Fundadores: Oswaldo Gomes Pereira (primeiro presidente da escola), Amaury Jório, Elísio Pereira de Mello, Agenor Gomes Pereira, Vicente Venâncio da Conceição, José da Silva (Zé Gato), Jorge Costa (Tinduca), Francisco José Fernandes (Canivete), Manoel Vieira (Sagüi), Aloísio Soares Braga (Índio), entre outros.

O nome da escola é uma homenagem a todos os subúrbios servidos pelos trens da linha da Leopoldina: seus fundadores, ao criarem a bandeira, fizeram figurar nela 13 estrelas, simbolizando aqueles logradouros, sendo que uma se destacava por representar Ramos (berço da escola).

Em 1967, ao criar o departamento cultural, Amaury Jório convidou para integrá-lo Oswaldo Macedo, Ilmar de Carvalho, Fernando Gabeira e Hiram Araújo.

Um fato inusitado aconteceu com a agremiação no desfile do carnaval de 1965. Apesar de se exibir sem o mestre-sala e a porta-bandeira, e sem alegorias, os jurados deram notas ao casal, respectivamente: mestre-sala, 6 e porta-bandeira, 8. O fato causou grande confusão durante a apuração.

A Imperatriz, como a escola costuma ser chamada, foi criada em 6 de março de 1959 e reviveu, em 39 carnavais, as glórias de sua ancestral, a Recreio de Ramos. Seus formidáveis sambistas inovaram, fundando o primeiro departamento cultural em escola de samba, tirando da literatura e arte modernas os temas para os enredos. Trataram, desde cedo, de avisar, ameaçadoramente, às concorrentes que se julgavam inabaláveis que "nos pequenos frascos é que se encontram os piores venenos". Dito e feito: conquistou oito campeonatos dos quais dois bicampeonatos e um tricampeonato (1980, 1981, 1989, 1994, 1995, 1999, 2000 e 2001).

O falecido carnavalesco Arlindo Rodrigues fez três belos carnavais na Imperatriz, 80/81/82, obtendo respectivamente os 1°, 1° e 3° lugares.

As cores de sua bandeira - verde e branco - remetem àquelas de sua madrinha, o Império Serrano, naturalmente de nobre estirpe. Seu nome nobiliárquico parece ter sido curiosamente inspirado no da loja de tecidos - Imperatriz das Sedas - existente próximo à estação de Ramos. Aliás, a quadra de ensaios da Imperatriz é especialmente bem localizada no que diz despeito à vizinhança essencialmente residencial e de muito fácil acesso, a dois quarteirões da estação de Ramos e pouco mais de 15Km do centro da cidade. Hoje, em seus desfiles denota-se a performance da comissão de frente, do casal de mestre-sala e parta-bandeira, da ala de baianas e da bateria. As baianas são tetra-campeãs do Estandarte de Ouro.

No que se refere à comissão de frente, a Imperatriz sempre sobressaiu-se: nos anos 70 por perfilar mulatas esculturais, vestidas de acordo com o enredo; nos anos 80 por ser composta, com garbo e elegância, por bambas do samba e do futebol e, na década atual, pela coreografia dramatizando o enredo executada por jovem de sua comunidade. Resultado: Há praticamente três décadas recebe pontuação máxima e aplausos calorosos do público e da crítica.

Mas nada emociona mais que a dança harmoniosa, sincronizada e efervescente do par que conduz a bandeira da escola - Maria Helena e Chiquinho, mãe e filho, atualmente os mais famosos e respeitados, especialmente por sua fidelidade à Imperatriz, coisa extinta em nossos dias, exceção à regra.G.R.E.S. IMPERATRIZ LEOPOLDINENSE
Enredos e Classificações





ANO ENREDO CARNAVALESCO CLASS. GRUPO
1960 Homenagem a Academia Brasileira de Letras Amaury Jório, Oswaldo
Gomes Pereira e Leonam Martins 6º 3
1961 Riquezas e maravilhas do Brasil Amaury Jório 1º(á) 3
1962 Rio no século XVIII Amaury Jório 5º 2
1963 Três capitais Amaury Jório e Maurílio da Penha Aparecida e Silva (Bidi) 3º 2
1964 Favorita do imperador Armando Iglesias, Antônio
Carbonelli e Paulo dos Santos Freitas 2º(á) 2
1965 Homenagem ao Brasil no IV Centenário do Rio de Janeiro Armando Iglesias, Antônio
Carbonelli e Paulo dos Santos Freitas 10º(â) 1
1966 Monarquia e esplendor da História Armando Iglesias, Antônio Carbonelli, Paulo dos Santos Freitas e Walter Pinto da Silva 2º(á) 2
1967 Vida poética de Olavo Bilac Júlio Matos e Ary Reis 9º(â) 1
1968 Bahia em festa Departamento Cultural e de Carnaval 2º(á) 2
1969 Brasil, flor amorosa de três raças Departamento Cultural e de Carnaval 8º 1
1970 1922, Oropa, França e Bahia Departamento Cultural e de Carnaval 6º 1
1971 Barra de ouro, barra de rio, barra de saia Departamento Cultural e de Carnaval 7º 1
1972 Martim Cererê Departamento Cultural e de Carnaval 4º 1
1973 ABC do carnaval à maneira da literatura de Cordel Departamento Cultural e de Carnaval 5º 1
1974 Requiém por um sambista, Silas de Oliveira Departamento Cultural e de Carnaval 6º 1
1975 A morte da porta-estandarte Departamento de Carnaval 8º 1
1976 Por mares nunca dantes navegados Edson Machado 8º 1
1977 Viagens fantásticas às terras de Ibirapiranga Max Lopes 9º(â) 1
1978 Vamos brincar de ser criança Max Lopes 2º(á) 2
1979 Oxumaré, a lenda do arco-íris Mário Barcellos 7º 1-A
1980 O que que a Bahia tem Arlindo Rodrigues 1º 1-A
1981 O teu cabelo não nega (Só dá Lalá) Arlindo Rodrigues 1º 1-A
1982 Onde canta o sabiá Arlindo Rodrigues 3º 1-A
1983 O rei da Costa do Marfim visita Xica da Silva em Diamantina Arlindo Rodrigues 4º 1-A
1984 Alô Mamãe Rosa Magalhães e Lícia Lacerda 4º 1-A
1985 Adolã, a cidade mistério João Felício dos Santos
e José Félix Garcez Neto 8º 1-A
1986 Um jeito pra ninguém botar defeito (Agüenta Coração) Fernando Alvarez 8º 1-A
1987 Estrela Dalva Arlindo Rodrigues 6º 1
1988 Conta outra que essa foi boa Luiz Fernando Reis 14º 1
1989 Liberdade, liberdade, abre as asas sobre nós Max Lopes 1º 1
1990 Terra Brasilis, o que se plantou deu Max Lopes 4º Especial
1991 O que é que a banana tem? Viriato Ferreira 3º Especial
1992 Não existe pecado abaixo do Equador Rosa Magalhães 3º Especial
1993 Marquês que é Marquês do sassarico é freguês Rosa Magalhães 2º Especial
1994 Catarina de Médicis na Corte dos Tupinambôs e Tabajeres Rosa Magalhães 1º Especial
1995 Mais vale um jegue que me carregue, que um camelo que me derrube... Lá no Ceará Rosa Magalhães 1º Especial
1996 Imperatriz Leopoldinense honrosamente apresenta: "Leopoldina, a Imperatriz do Brasil" Rosa Magalhães 2º Especial
1997 Eu sou da Lira, não posso negar... Rosa Magalhães 6º Especial
1998 Quase no ano 2000... Rosa Magalhães 3º Especial
1999 Brasil, mostra a tua cara em... Theatrum Rerum Naturalium Brasiliae Rosa Magalhães 1º Especial
2000 Quem descobriu o Brasil, foi seu Cabral, no dia 22 de abril, dois meses depois do Carnaval... Rosa Magalhães 1º Especial
2001 Cana-caiana, cana roxa, cana fita, cana preta, amarela, pernambuco... quero vê descê o suco, na pancada do ganzá! Rosa Magalhães 1º Especial
2002 Goytacazes... Tupi or not Tupi in a South American Way! Rosa Magalhães 3º Especial
2003 Nem todo pirata tem a perna de pau, o olho de vidro e a cara de mau Rosa Magalhães 4º Especial
2004 Breazail Rosa Magalhães 5º Especial
2005 Uma Delirante Confusão Fabulística Rosa Magalhães 4º Especial
2006 Um Por Todos e Todos Por Um Rosa Magalhães 9° Especial
2007 Teresinha, Uhuhuuu!!! Vocês Querem Bacalhau? Rosa Magalhães 9º Especial
2008 João e Marias Rosa Magalhães 6º Especial
2009 Imperatriz... Só Quer Mostrar Que Faz Samba Também! Rosa Magalhães 7º Especial
2010 Brasil de Todos os Deuses Max Lopes 8º Especial
2011 A Imperatriz Adverte: Sambar Faz Bem à Saúde Max Lopes 6º Especial

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