sábado, 3 de dezembro de 2011

G.R.E.S. MOCIDADE INDEPENDENTE DE PADRE MIGUEL


G.R.E.S. MOCIDADE INDEPENDENTE DE PADRE MIGUEL
Histórico





Foi fundada no dia 10 de novembro de 1955. Originária de um clube de futebol, o Independente Futebol Clube, participou pela primeira vez, do desfile oficial na Praça Onze, com o enredo "O Baile das Rosas", quando tirou o 5° lugar. Em 1958, foi a campeã do segundo grupo com o enredo "Apoteose ao Samba". De 1959 em diante, assumiu o Grupo 1 e não desceu mais.
Os fundadores da escola são Silvio Trindade, Renato da Silva, Djalma Rosa, Olímpio Bonifácio (Bronquinha), Garibaldi F. Lima, Felipe de Souza (Pavão), Altamiro Menezes (Cambalhota) e Alfredo Briggs. A primeira bandeira da escola foi oferecida pela Sra. Gilda Faria Lima. A primeira rainha da escola eleita foi a Sra. Neuza de Oliveira. Antes de existir a sede na Rua Coronel Tamarindo, Maria da Glória Vieira (conhecida como Maria do Siri) cedia o quintal de sua residência para a escola ensaiar.

Em 1959, a bateria, sob a batuta do memorável Mestre André, deu pela primeira vez a célebre "paradinha" em frente à comissão julgadora, ficando somente a caixa-tarol tocando, mantendo o ritmo para que a escola continuasse evoluindo. Mestre André, que não usava apito habitualmente, permaneceu sambando, como era sua característica. De repente, se virou para a bateria e fez um sinal que indicava que todos os instrumentos deveriam voltar. O povo passaria, mais tarde, a acompanhar tal "bossa" com o grito de "Olé". Durante este período, a Mocidade era conhecida como "uma bateria que carregava uma escola nas costas", pois a bateria era mais conhecida do que a própria escola, que só alguns anos depois iria se tornar uma escola que competisse frente a frente com as "4 grandes" da época (Portela, Império Serrano, Salgueiro e Mangueira).

Em 1974, Arlindo Rodrigues apresentava na escola o enredo "A festa do Divino" e tira o 5° lugar. Mas neste ano ela poderia ter ganhado o campeonato, perdido por uma nota 4 em fantasia e uma nota 9 em harmonia. A diferença de pontos do Salgueiro para a Mocidade foram 6, portanto haveria um empate somente se a Mocidade ganhasse o 10. Se houvesse empate, mesmo assim, o Salgueiro sagraria-se campeão pois obteve 10 em harmonia e a Mocidade 9.

Desde então, a escola deixa de ser conhecida apenas por sua bateria, para impor-se como grande escola de samba. Em 76, por ironia, a Mocidade empatou em segundo lugar, com a Mangueira, e perdeu o desempate por ter um ponto a menos na nota da tão famosa bateria nota 10. Em 1979, ainda com Arlindo Rodrigues, a Mocidade conquista o seu primeiro campeonato com "O Descobrimento do Brasil".

Ano seguinte, assume o carnaval Fernando Pinto, produzindo carnavais excepcionais na Mocidade e projetando-se como um dos mais criativos e inventivos carnavalescos já conhecidos.

No primeiro ano de Fernando Pinto na Mocidade, em 1980, a escola conquistou a segunda colocação com o enredo "Tropicália Maravilha". Em 1983, a Mocidade recebe o estandarte de melhor comunicação com o público com o enredo "Como era verde o meu Xingu". No ano posterior, com a inauguração do Sambódromo, a escola fica em segundo lugar no desfile de segunda com o criativo enredo "Mamãe eu quero Manaus". No ano seguinte, a Mocidade conquista o seu segundo título com o inesquecível "Ziriguidum 2001, um carnaval nas estrelas". Um carnaval que emocionou até quem não é Mocidade. Em 1987, com mais um criativo enredo, "Tupinicópolis", a Mocidade leva o segundo lugar. No mesmo ano, o grande carnavalesco Fernando Pinto falece em um trágico acidente de carro voltando do ensaio de sua escola.

A partir dos anos 90, quem assume os desfiles da Mocidade é o criativo e "high-tech" Renato Lage. Devido ao seu sucesso na escola, ele permanece na Mocidade até os dias de hoje. Em 1990 já começa levando o título para Padre Miguel com o enredo "Vira, virou, a Mocidade chegou". Um desfile irrepreensível! A escola foi punida com 5 pontos por estourar o tempo em 5 minutos, mas mesmo assim permaneceu na frente da segunda colocada, a Beija-flor, por apenas 1 ponto. Em 91, foi a vez do bicampeonato com o enredo "Chuê chuá, as águas vão rolar". Outro carnaval para orgulho da nação de Padre Miguel. Foi a campeã de todos os que estavam na Sapucaí assistindo aos desfiles, mas mesmo assim disputou ponto a ponto o título com o Salgueiro. Em 92 ela quase leva o título com o enredo "Sonhar não custa nada! Ou quase nada...". Perdeu o tricampeonato para a Estácio de Sá. Mas o samba daquele ano se tornou o "hino" da Mocidade. Até 1992, Renato Lage tinha como companheira a sua ex-esposa Lílian Rabelo para ajudá-lo no carnaval da Mocidade. Em 93, já separados, Renato Lage conquista o quarto lugar para a escola com o enredo "Marraio Feridô sou Rei". Quem não se lembra daquela alegoria do garotinho com o controle de video game nas mãos?

Após um insucesso para Padre Miguel em 94 (a escola ficou em oitavo lugar), a escola volta a fazer um grande desfile e a disputar o título em 95, com o enredo "Padre Miguel, olhai por nós", do mesmo Renato Lage. Apesar da escola tratar de um tema religioso, não faltou tecnologia nos carros. Mas mesmo assim, acabou tirando apenas o 4º lugar.

No ano de 96, houve um atraso nos desfiles, e a Mocidade seria a oitava escola a pisar no sambódromo no domingo de carnaval. O carnavalesco Renato Lage ficou preocupado com isso, pois o desfile acabou sendo de manhã, o que impediu que os efeitos especiais dos carros alegóricos fossem mostrados. Mas mesmo assim, a escola volta a ganhar o carnaval com mais um desfile irrepreensível. Nesse ano, o enredo foi "Criador e Criatura". A escola ficou a apenas meio ponto na frente da segunda colocada, a Imperatriz Leopoldinense, que tentava o tricampeonato.

A Mocidade quase leva o bi em 97 com o enredo "De corpo e alma na avenda". Só não levou porque perdeu apenas meio ponto em harmonia. Os jurados alegaram que algumas alas não estavam cantando o samba. Muitos pensavam que ela iria perder pontos em evolução, devido ao desfile corrido da escola, mas não perdeu. Para se ter uma idéia, aos 55 minutos a escola já estava praticamente toda na praça da Apoteose. E aí não deu outra: a escola teve que parar para cumprir o tempo mínimo regulamentar do desfile (65 minutos). Mas mesmo assim a escola obteve a maior nota da pesquisa do Ibope realizada na Marquês de Sapucaí: 9,7. Neste mesmo ano, morre o patrono da escola, o bicheiro Castor de Andrade.

Em 1999, a Mocidade Independente realiza um desfile primoroso, uma merecida homenagem à Villa-Lobos, com o enredo "Villa-Lobos e a apoteose brasileira". O público vibrou com o seu desfile e novamente a pôs no topo da pesquisa do Ibope, com a mesma nota 9,7 de dois anos atrás. Mas neste ano, uma decepção aconteceu no seu desfile: a Mocidade, que sempre se concentrou no lado dos correios, nesse ano se concentrou do lado do edifício "Balança mas não cai", no qual tem um viaduto que freqüentemente atrapalha as alegorias das escolas que se concentram naquele lado. Na Mocidade não deu outra: a escola demorou demais a por os destaques nos seus grandes carros alegóricos e abriu um enorme buraco entre os setores 1 e 3, logo no começo da passarela. O jurado Carlos Pousa, que estava julgando evolução, notou aquele buraco e tascou um 7,5 para a escola. Essa nota conseqüentemente derrubou a escola, que mesmo assim ficou em quarto lugar. Mas com certeza ela foi a campeã de muita gente que viu e se emocionou com aquele belíssimo desfile.

No ano 2000, a escola veio literalmente vestida com as cores do Brasil apresentando o enredo "Verde, amarelo, azul-anil colorem o Brasil no ano 2000". O belíssimo e imponente carro abre-alas, uma imensa nave espacial dos índios do futuro, já deu uma amostra do que seria a escola. A Mocidade passou muito bem, mas o samba arrastado impediu que a escola decolasse e atingisse colocações melhores. Mesmo assim, ficou em um honroso quarto lugar e com a preferência do público, mais uma vez obtendo a nota 9,7 na pesquisa do IBOPE realizada na Marquês de Sapucaí.

Após o carnaval de 2002, Renato Lage deixa a escola, e assume o carnavalesco Chico Spinoza. Ele levou para a avenida enredos de cunho social, como doação de órgãos e educação no trânsito. Em 2005, com a mudança da diretoria, a Mocidade contrata um carnavalesco de característica clássica, o Paulo Menezes. Seu carnaval fez lembrar as formas de Arlindo Rodrigues, carnavalesco da escola na década de 70, quando a Mocidade despontou como uma grande escola de samba.

Figuras expressivas: Castor de Andrade (in memorian), Paulinho de Andrade (in memorian), Beth Andrade, Ivanoy Ferreira da Silva, Olímpio Correia (Gaúcho) (in memorian), Maria da Glória Vieira. Sua filha, Maria Helena, era a porta-bandeira.
Fundação: 10/11/1955
Cores: Verde e Branco
Presidente: Paulo Vianna
Quadra: Rua Coronel Tamarindo, 38 - Padre Miguel - Rio de Janeiro - RJ
CEP: 21870-000
Tel e Fax: (0xx 21) 3332-5823
Barracão: Cidade do Samba (Barracão nº 10)
Rua Rivadávia Correa, 60 - Gamboa - Centro - Rio de Janeiro - RJ
CEP: 20220-290
ANO ENREDO CARNAVALESCO CLASS. GRUPO
1956 Participou apenas no bairro
1957 O Baile das Rosas Ari de Lima 5º 2
1958 Apoteose do Samba Ari de Lima 1º(á) 2
1959 Os três vultos que ficaram na história Ari de Lima 5º 1
1960 Frases célebres 3º 1
1961 Carnaval carioca 7º 1
1962 Brasil no campo cultural 5º 1
1963 As Minas Gerais Ari de Lima 6º 1
1964 O cacho de bananas Ari de Lima 7º 1
1965 Parabéns pra você Luís Gardel 6º 1
1966 Academia Brasileira de Letras Guilherme Martins e Alfredo Brigs 6º 1
1967 História do teatro através dos tempos Poty 7º 1
1968 Viagens pitorescas através do Brasil Mário Monteiro 6º 1
1969 Vida e glória de Francisco Adolfo Varnhager Guilherme Martins e Alfredo Brigs 7º 1
1970 Meu pé de laranja lima Gabriel Nascimento e Ari de Castro 4º 1
1971 Rapsódia de saudades Gabriel Nascimento e Ari de Castro 9º 1
1972 Rainha mestiça no templo do lundu Clóvis Bornay 7º 1
1973 Rio Zé Pereira Clóvis Bornay 7º 1
1974 A festa do divino Arlindo Rodrigues 5º 1
1975 O mundo fantástico do uirapuru Arlindo Rodrigues 4º 1
1976 Mãe Menininha do Gantois Arlindo Rodrigues 3º 1
1977 Samba, marca registrada do Brasil Gugu 8º 1
1978 Brasiliana Arlindo Rodrigues 3º 1
1979 O descobrimento do Brasil Arlindo Rodrigues 1º 1-A
1980 Tropicália maravilha Fernando Pinto 2º 1-A
1981 Abram alas para a folia, aí vem a Mocidade Edmundo Braga e
Paulino Espírito Santo 6º 1-A
1982 O Velho Chico Maria Carmem 7º 1-A
1983 Como era verde meu Xingu Fernando Pinto 6º 1-A
1984 Mamãe eu quero Manaus Fernando Pinto 2º 1-A
1985 Ziriguidum 2001, um carnaval nas estrelas Fernando Pinto 1º 1-A
1986 Bruxarias e histórias do arco da velha Edmundo Braga e
Paulino Espírito Santo 7º 1-A
1987 Tupinicópolis Fernando Pinto 2º 1
1988 Beijim, Beijim, bye, bye Brasil Fernando Pinto (Mário Monteiro) 8º 1
1989 Elis, um Trem chamado Emoção Ely Peron Frongilo e
Rogério Figueiredo 7º 1
1990 Vira, virou, a Mocidade chegou Renato Lage e Lílian Rabello 1º Especial
1991 Chuê... Chuá... As águas vão rolar Renato Lage e Lílian Rabello 1º Especial
1992 Sonhar não custa nada! Ou quase nada Renato Lage e Lílian Rabello 2º Especial
1993 Marraio Feridô sou Rei Renato Lage 4º Especial
1994 Avenida Brasil - Tudo passa, quem não viu? Renato Lage 8º Especial
1995 Padre Miguel, olhai por nós Renato Lage 4º Especial
1996 Criador e Criatura Renato Lage 1º Especial
1997 De Corpo e Alma na avenida Renato Lage 2º Especial
1998 Brilha no céu a estrela que me faz sonhar Renato Lage 6º Especial
1999 Villa-Lobos e a apoteose brasileira Renato Lage 4º Especial
2000 Verde amarelo, azul-anil, colorem o Brasil no ano 2000 Renato Lage 4º Especial
2001 Paz e harmonia, Mocidade é alegria Renato Lage e Márcia Lávia 7º Especial
2002 O Grande Circo Místico Renato Lage e Márcia Lávia 4º Especial
2003 Para sempre no seu coração - Carnaval da doação Chico Spinoza 5º Especial
2004 Não Corra, Não Mate, Não Morra - Pegue Carona Com a Mocidade! Educação No Trânsito Chico Spinoza 8º Especial
2005 Buon Mangiare, Mocidade! A Arte Está na Mesa Paulo Menezes 9º Especial
2006 A Vida Que Pedi a Deus Mauro Quintaes 10° Especial
2007 O Futuro no Pretérito, Uma História Feita à Mão Alex de Souza 11º Especial
2008 O Quinto Império: De Portugal ao Brasil, uma Utopia na História Cid Carvalho 8º Especial
2009 Mocidade Apresenta: Clube Literário - Machado de Assis e Guimarães Rosa... Estrelas em Poesia! Cláudio Cavalcante (Cebola) 11º Especial
2010 Do Paraíso de Deus ao Paraíso da Loucura, Cada um Sabe o Que Procura Cid Carvalho 7º Especial
2011 Parábola dos Divinos Semeadores Cid Carvalho 7º Especial

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