sábado, 12 de novembro de 2011

Maria Zilah Machado (Porto Alegre, 13 de abril de 1928 - 7 de janeiro de 2011) foi uma cantora, compositora e percussionista brasileira.

Maria Zilah Machado (Porto Alegre, 13 de abril de 1928 - 7 de janeiro de 2011) foi uma cantora, compositora e percussionista brasileira.

Afilhada de Lupicinio Rodrigues e considerada uma referência no samba do Sul do país, Zilah Machado tem três discos gravados e mais de 200 composições próprias em seu currículo.[1][2] Nasceu em família pobre mas aos dez anos foi matriculada em um curso de música erudita, estudando por onze anos com o maestro Roberto Eggers, desenvolvendo-se como soprano ligeiro. Enfrentando preconceitos por ser negra, e desejando na verdade cantar samba, para este gênero direcionou sua carreira. Nos anos 1960 viajou para a Argentina com a orquestra do maestro Délcio Vieira em uma turnê de três meses, e na volta passou a cantar em bares de Porto Alegre. Fez um teste na Rádio Gaúcha, que procurava uma substituta para Elis Regina no programa de Maurício Sirotsky Sobrinho, e foi selecionada. Sua apresentação foi um sucesso, o que lhe valeu a fama imediata, cantando Lupicínio, Tom Jobim e Vinícius de Moraes.[2]

Em 1975 foi para o Rio de Janeiro, onde permaneceu por nove anos trabalhando como lavadeira e morando no subúrbio. Tentando uma colocação na TV Globo, cantou Lupicinio Rodrigues e foi contratada. Atuou com músicos notáveis e gravou um disco, Já se dança samba como antigamente (1980), mas ainda sofria com o preconceito racial. Voltou a Porto Alegre, onde permaneceu em atividade até a sua morte.[2] Em 2010 foi homenageada recebendo o Prêmio Açorianos pelo conjunto de sua obra.[1]

Faleceu em janeiro de 2011 em decorrência de um câncer no fígado[3].

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