sábado, 12 de novembro de 2011
Simone Bittencourt de Oliveira, conhecida simplesmente como Simone (Salvador, 25 de dezembro de 1949), é uma cantora brasileira.
Simone Bittencourt de Oliveira, conhecida simplesmente como Simone (Salvador, 25 de dezembro de 1949), é uma cantora brasileira.
Índice
1 Biografia
2 Trajetória artística
2.1 Década de 1970
2.2 Década de 1980
2.3 Década de 1990
2.4 Anos 2000
3 Estilo musical
3.1 Repertório
3.2 Voz
3.3 Palco
3.4 Sucessos
4 Parcerias
5 Referência bibliográfica
6 Canções temas de telenovelas
7 Principais espetáculos
8 Vendagem dos álbuns
9 Discografia
9.1 EMI
9.2 Sony BMG / CBS
9.3 Universal / Polygram
9.4 Biscoito Fino
10 Notas
11 Ligações externas
[editar] BiografiaFilha de Otto Gentil de Oliveira e Letícia Bittencourt de Oliveira, Simone nasceu prematura de oito meses no bairro de Brotas (Bahia) e sétima filha entre nove irmãos.[1] Em 1966, mudou-se para São Caetano do Sul, cursou Educação Física em Santos, onde foi colega dos jogadores de futebol Pelé, Emerson e Leivinha, e deu aulas no bairro de Santana, na capital paulista..[2]
Jogadora profissional de basquete, chegou a ser convocada duas vezes para a Seleção Brasileira de Basquetebol, mas devido a duas entorses,[2] foi cortada antes do embarque e na segunda, durante o campeonato mundial de 1971, ficou no banco de reservas.[1]
[editar] Trajetória artística[editar] Década de 1970A partir de contatos que sua amiga e professora de violão, Elodir Barontini, tinha, Simone participou de um jantar na casa do então gerente de marketing da gravadora Odeon, Moacir Machado, o Môa.[1][3] Ao final do encontro, Simone foi convidada para fazer um teste na Odeon, o resultado foi que a gravadora a contratou por quatro anos, com um disco por ano.[1] O primeiro, Simone, gravado em outubro de 1972 foi regidos pelo maestro José Briamonte. A primeira tiragem foi distribuída apenas para amigos, parentes e para o meio artístico. O lançamento ocorreu em 20 de março de 1973[4] (considerada a data oficial do início da carreira) em São Paulo e Simone estreou no mesmo dia num programa da TV Bandeirantes. A participação no programa Mixturação (direção/produção de Walter Silva, TV Record, abril, 1973) também foi aguardada com expectativa e Simone apontada como um dos nomes mais promissores. O sucesso começava assim de forma gradual.
Antes de se tornar conhecida do público brasileiro, participou de uma turnê internacional (1973) [5] organizada por aquele que se tornaria um dos grandes incentivadores, Hermínio Bello de Carvalho. A excursão internacional, intitulada Panorama Brasileiro, incluía no roteiro o Olympia em Paris, entre outras cidades europeias. Em 1974, Festa Brasil, percorre 20 cidades dos Estados Unidos, além do palco do teatro anexo do Madison Square Garden (Nova York). A turnê foi um grande sucesso e originou os discos Brasil Export 73 e Festa Brasil (lançado nos Estados Unidos) --ambos produzidos por Hermínio Bello, que ainda produziria os dois álbuns subsequentes, Quatro Paredes e Gotas d´Água; neste último a produção foi realizada em parceria com Milton Nascimento.[6] Em 1976, ao lado de Vinícius de Moraes e Toquinho participa do Circuito Universitário, uma série de apresentações, que além do Brasil, viajou a Argentina, Uruguai, Chile, México e Brasil.[7]
Quatro anos depois de estrear (1977) realizou a primeira apresentação solo, o show Face a face (Museu de Arte Moderna, RJ, com direção de Antonio Bivar). O ano marcaria o primeiro grande momento de reconhecimento, com as canções "Gota d´água", "Face a face", "Jura Secreta" e "O que será". No Projeto Seis e Meia foi ovacionada por crítica e público quando interpretou "Gota d´água", até hoje considerada uma das melhores apresentações da carreira: "Foi uma loucura total. Aquela gente toda - a quem se atribuía inicialmente apenas a vontade de ver Belchior - mostrou, na hora, que queria me ver também. O público foi ouvir os dois e, para mim, isso esclareceu algumas críticas ao meu trabalho. Diziam que eu era cantora de elite, que só escolhia compositores de elite para cantar para uma elite. E embora não cante músicas de parada de sucesso, foi o povo mesmo que foi ao Seis e Meia daquela semana, independente de qualquer coisa.".[8] O grande sucesso cinematográfico da época, Dona Flor e Seus Dois Maridos (Bruno Barreto), trouxe Simone cantando O que será na trilha sonora e foi gravada pela primeira vez em 1976, levando o nome da cantora aos quatro cantos do país. Lançada no disco Face a Face,[9] a canção "Jura Secreta" (Sueli Costa e Abel Silva) foi a primeira interpretação de Simone constar de uma novela, O Profeta, (TV Tupi, Ivani Ribeiro).
No ano seguinte (16 de junho a 15 de setembro de 1978) estava entre os artistas do ambicioso Projeto Pixinguinha,[10] e, ao lado de Sueli Costa, apresentou-se nas principais capitais do país.[11] Um excerto do Projeto comenta o progresso da carreira: "Em 77, além do lançamento do LP Face a Face e da trilha sonora do filme Dona Flor e seus Dois Maridos fez muito sucesso num espetáculo no MAM. No Teatro Clara Nunes, com direção geral de Hermínio Bello, apresentou-se em Face a Face. Em cada espetáculo vem se projetando e se coloca, no momento, entre as melhores cantoras brasileiras. Acabou de gravar Cigarra, com músicas de Gonzaguinha ("Petúnia Resedá"), Fagner e Abel Silva ("Sangue e Pudins"), Milton Nascimento e Ronaldo Bastos ("Cigarra"). (Excerto: Funarte.)
[editar] Década de 1980O grande sucesso da canção "Começar de Novo", tema de abertura do seriado Malu Mulher e uma das primeiras canções feministas da música brasileira, foi registrado pela primeira vez no disco Pedaços, em 1979. Considerado um divisor de águas na carreira, o espetáculo homônimo [12][13] (30 de dezembro de 1979, Canecão) foi gravado ao vivo e lançado em disco em 1980, sob o título Simone ao Vivo (primeiro gravado ao vivo). Sucesso de público e crítica, Pedaços teve a primeira apresentação em outubro e foi considerado o melhor do ano; em termos de público, mais de 120.000 pessoas em todo o país [14] só foi superado pelo espetáculo anual de Roberto Carlos. Dirigido por Flávio Rangel, que incluiu a canção "Pra não dizer que não falei das flores" no repertório, celebrando a primeira audição da canção antológica na voz e a primeira interpretação engajada da carreira, e que só não ficou mais conhecida do que a do próprio compositor Geraldo Vandré. Simone foi a primeira artista a cantar 'Para não dizer que não falei das flores' após a liberação pela censura. O sucesso lhe rendeu o primeiro disco de ouro e um especial da Rede Globo, gravado ao vivo no Teatro Globo (2 de março de 1980). O programa, chamado Simone Bittencourt de Oliveira, foi o primeiro da série Grandes Nomes..[15][16]
"Caminhando" seria interpretada ainda em 1982, no Estádio do Morumbi, no espetáculo Canta Brasil;[17] segundo o Jornal da Tarde (1982):`Simone foi a responsável pelo momento de maior participação popular e entrou no palco com a certeza de que isto aconteceria, mas não conseguiu conter a emoção, aliás, como dezenas de pessoas, diante de um coro de cem mil vozes. Em matéria publicada na Revista Veja (março de 1982): Simone Bittencourt de Oliveira nasceu duas vezes. A primeira, em 1949, num bairro de classe média de Salvador, na Bahia. A segunda, na noite de 7 de fevereiro passado, no estádio do Morumbi, em São Paulo, quando ergueu um coro de 90.000 vozes na apoteose do espetáculo Canta Brasil, com a canção Caminhando nos lábios e lágrimas nos olhos. Quando terminou de cantar, era mais uma estrela no céu.
Uma cantora cujos espetáculos se encerravam com flores distribuídas ao público, tornava-se não só uma grande voz para os versos de Vandré, mas também, ao lado de outros artistas, vivenciava-os: Ainda fazem da flor seu mais forte refrão, E acreditam nas flores vencendo o canhão. Ao final do espetáculo Delírios e Delícias [18] (1983) clamou pelas Diretas Já; em 1989, ao lado de Marília Pêra e Cláudia Raia, declarou e apoiou o então candidato Fernando Collor de Mello.[19] O despertar de uma postura artística engajada acompanharia toda a carreira, sendo enfatizada por interpretações de sambas como "Disputa de Poder" e "Louvor a Chico Mendes", além de "Maria, Maria", "Uma nova mulher", "O sal da Terra", "Será", "Pão e poesia", "Isto aqui o que é", "É", "O tempo não para", "Blues da piedade". Outro grande sucesso, "Tô Voltando", um samba que canta a volta para a casa de um casal apaixonado, foi associado à ditadura militar e aos que retornavam ao Brasil depois do asilo político dos anos 1970.[12]
O ano de 1982 foi marcado por grandes recordes de público, como na temporada de nove apresentações no Ginásio do Ibirapuera, em 3 semanas seguidas, com cerca de 15 mil pessoas, por noite, dando um total aproximado de 135 mil pessoas: "No último fim de semana, quando lotou o ginásio do Ibirapuera, também em São Paulo, com 45 000 ingressos vendidos em apenas 48 horas para três apresentações, ela mostrou que a nova estrela gosta de brilho, e muito. Com a programação de mais três espetáculos extras no próximo fim de semana, ela passa a recolher recordes; ao final do último show, será a artista brasileira que mais vezes se apresentou num ginásio de 15 000 lugares num espaço de tempo tão curto".[20] Foi em 1982 também que recebeu a primeira indicação para o Troféu Imprensa de melhor cantora, seguiram-se mais 10 indicações para o prêmio e a conquista do troféu no ano de 1987, ao lado de Marina Lima.
A primeira cantora a interpretar "Caminhando" depois da liberação da censura, seria também, aos trinta e dois anos, a primeira cantora a lotar sozinha um estádio, o Maracanãzinho, em 1981, com o espetáculo Amar;[21] superlotou também o Mineirinho e o ginásio da Pampulha;[22] no mesmo ano lançou Encontros e despedidas. Pioneirismo evidenciado em outras ocasiões como quando gravou, muito antes de Paul Simon ou Michael Jackson, com o Grupo Olodum da Bahia; ou quando, num dos espetáculos, surpreendeu a plateia levando para o palco uma cama, um ano antes da popstar Madonna chocar o mundo com a mesma ideia. Quatorze anos mais tarde, em 1995, foi a primeira cantora de renome a gravar um disco inteiro exclusivamente com canções natalinas.[23] Em dezembro de 1983 parou a Quinta da Boa Vista onde uma multidão de 220 mil pessoas [24] foram assisti-la na primeira transmissão ao vivo da história da 'Rede Globo' para um espetáculo de final de ano.[25][26]
A partir da segunda metade da década de 1960 (1965), em plena efervescência da contracultura e no rescaldo do pós-bossa-nova, estrearam na televisão brasileira os especiais do Festival de Música Popular Brasileira (TV Record). Contemporâneos da Jovem Guarda e do Tropicalismo os Festivais açambarcavam todos esses estilos, a bossa nova, o rock vanguardista da Jovem Guarda e o ecletismo do tropicalistas --e ainda seria o palco de estreia de um novo e definitivo estilo, a MPB, inaugurado com a interpretação antológica da novata Elis Regina, então com apenas 20 anos de idade recém- completados, cantando "Arrastão". Durante duas décadas a televisão brasileira foi marcada pelo sucesso da transmissão desses espetáculos que apresentavam os novos talentos, registrando índices recordes de audiência. O especial Mulher 80 (Rede Globo) foi um destes marcantes momentos da televisão;[27] o programa exibiu uma série de entrevistas e musicais cujo tema era a mulher e a discussão do papel feminino na sociedade de então abordando esta temática no contexto da música nacional e da ampla preponderância das vozes femininas,[28] com Elis Regina, Maria Bethânia, Fafá de Belém, Marina Lima, Simone, Rita Lee, Joanna, Zezé Motta, Gal Costa e as participações especiais das atrizes Regina Duarte e Narjara Turetta, que protagonizaram o seriado Malu Mulher.
Nos anos oitenta, que foram marcados pelo reconhecimento de grandes cantoras na MPB, firmava-se assim como uma recordista de público e de vendagem e o nome "Simone" despontava como um dos grandes nomes da indústria fonográfica nacional. A maior temporada ocorreu na tradicional casa carioca, Scala II (1986), durante oito meses seguidos e é o maior público já registrado, de 220 mil pessoas em uma única apresentação, ao ar livre. O sucesso de público, vendagem e o repertório refinado situaram-na como um dos nomes mais respeitados da da "MPB"; de cantora elitista, passaria, a partir de meados da década de 1980, com a seleção de um repertório excessivamente popular, pela fase mais obscura da carreira, enfrentando o estigma da crítica especializada que desmerecia a interpretação, arranjos e compositores escolhidos—foi a chamada fase brega, que de uma maneira geral marcou os anos 1980 pela exacerbação aos apelos do romantismo.
Originalmente idealizado para a montagem do ballet teatro do Balé Teatro Guaíra (Curitiba, 1982), o espetáculo O Grande Circo Místico foi lançado em 1983. Simone integrou o grupo seleto de intérpretes que viajou o país durante dois anos com o projeto, um dos maiores e mais completos espetáculos teatrais já apresentados, para uma plateia de mais de 200 mil pessoas. Simone interpretou a canção Meu namorado, composta pela dupla Chico Buarque e Edu Lobo. O espetáculo conta a história do grande amor entre um aristocrata e uma acrobata e a saga da família austríaca proprietária do Grande Circo Knie, que vagava pelo mundo nas primeiras décadas do século. Um dos maiores sucessos da carreira seria lançado no ano seguinte, em 1983: "O Amanhã" foi o samba enredo da União da Ilha em 1978 e neste mesmo ano gravada por Elizeth Cardoso, mas foi com a primeira gravação de Simone, em 1983 (CD "Delírios e Delícias" e regravada no CD "Simone ao vivo"), que a canção se popularizou.[29]
Valendo-se ainda do filão engajado da pós-ditadura e feminismo, cantou, ainda que com uma participação individual diminuta, no coro da versão brasileira de We Are the World, o hit americano que juntou vozes e levantou fundos para a África ou USA for Africa. O projeto Nordeste Já (1985), abraçou a causa da seca nordestina, unindo 155 vozes num compacto, de criação coletiva, com as canções "Chega de mágoa" e "Seca d´água". Elogiado pela competência das interpretações individuais, foi no entanto criticado pela incapacidade de harmonizar as vozes e o enquadramento de cada uma delas no coro. Também em 1985 cantou no coro de vozes latinas Cantarei, Cantarás.
Em 1989, dez anos depois de conquistar o primeiro disco de ouro, a artista figurava entre os poucos a ainda protagonizar especiais televisivos: Simone - especial (Rede Globo) apresentou trechos do espetáculo Sedução, em cartaz no Palace (São Paulo); dividiu o palco na tradicional apresentação de final de ano cantando ao lado de Roberto Carlos. Participou também do especial da Rede Globo Cazuza – Uma prova de amor, interpretando ao lado de Cazuza a canção Codinome Beija-flor. No LP Vício grava Louvor a Chico Mendes ao vivo com a Caprichosos de Pilares.[30]
[editar] Década de 1990Em 1991 gravou um clipe para o programa Fantástico, idealizado pelo sociólogo Betinho, intitulado "Luz do Mundo", para arrecadar fundos para a reabilitação de menores. Dos álbuns gravados depois da década de 1980, uma época considerada de apelo mais popularesco, destacam-se Simone Bittencourt de Oliveira (1995), que trouxe baladas entre outros clássicos e sambas; Café com leite (1996, um tributo a Martinho da Vila) -- trabalhos referidos como um reencontro com um repertório mais seletivo e arranjos mais apurados. Em 1995 lançou o Cd 25 de Dezembro, exclusivamente com canções natalinas, e obteve a maior vendagem da carreira, mais de um milhão e meio de cópias vendidas em apenas um mês e meio: Ao lançar, no ano passado, o disco natalino 25 de Dezembro, a cantora Simone quebrou um tabu. Ao contrário do que ocorre nos Estados Unidos e na Europa, os cantores brasileiros não têm o costume de lançar, no mês de dezembro, discos com músicas de Natal (Revista Veja).[31]
Flávio Rangel, Jorge Fernando, José Possi Neto, Nelson Motta, Ney Matogrosso e Sandra Pêra são alguns dos nomes que assinam a direção dos espetáculos. O show Sou Eu ganhou o prêmio de melhor do ano em 1992 e originou o álbum homônimo — comemorativo dos vinte anos de carreira, que trazia regravações dos antigos sucessos entre outras canções consagradas. Em 1997 apresentou-se na casa de espetáculos carioca Metropolitan, com Brasil, O Show, dirigido por José Possi Neto apresentando clássicos do samba (Paulinho da Viola, Adoniran Barbosa, Dorival Caymmi, Ary Barroso, Gonzaguinha, Mário Lago) entre outras gravações do álbum de estúdio do ano anterior, Café com leite.
[editar] Anos 2000Os álbuns Seda Pura (2001) e Feminino (2002) marcaram as mais baixas vendagens da carreira e repertórios de estilo pouco explorado até então, o pop. Baiana da gema, um tributo a Ivan lins (2004, 2005), de repertório inédito do compositor, foi apresentado no eixo Rio-São Paulo. Em maio de 2006, num pocket show, no cenário intimista de uma casa noturna paulistana, exibiu um repertório romântico ao público que se encantou com arranjos originais, em tom jazzístico, para o "Projeto Credicard Vozes". Outras recentes apresentações, no Peru, foi aplaudida de pé por mais de cinco minutos; em Miami, ao lado do parceiro Ivan Lins, obteve reconhecimento da crítica que considerou a apresentação uma das melhores dos últimos anos na Flórida. Em 2007 a parceria com Zélia Duncan foi registrada no CD e DVD Amigo é Casa (Biscoito Fino), que exibiu, além de regravações,[32] canções inéditas na voz das artistas e apresentações pelas capitais do país, além de Portugal (2008).[33]
Uma edição da década de 1970 foi organizada pelo jornalista e pesquisador Rodrigo Faour e lançada em 2009 pela EMI. Considerada a fase de maior qualidade vocal e musical, o box com 11 CDs reúne a obra completa deste período no qual a artista impos-se à crítica com interpretações definitivas e sucesso crescente junto ao público:[34] Tá aí toda a minha formação musical, foi quando eu aprendi a mexer com estúdio, mixagem, tudo. Acho também que foi uma grande década da música brasileira, muito importante para as pessoas da minha geração. Claro que hoje eu faria algumas coisas diferentes. Mas a vida não tem ensaio….[35]
Na Veia foi lançado em agosto de 2009 (Biscoito Fino), sem estilo musical definido, exibindo um repertório eclético que mescla o samba, o pop e o romântico para, segundo a cantora, "passar alegria e esperança".[36] Simone assina a composição de "Vale a pena tentar", parceria com Hermínio Bello de Carvalho, segunda canção composta pela cantora que já havia estreado com Merecimento, ao lado de Abel Silva (1982): "Minhas composições eu não mostro pra ninguém, nem pra mim (risos). No caso desta com Hermínio, de 76, fiz a melodia e um esboço da ideia da letra, que era uma resposta à 'Proposta', do Roberto. Depois a entreguei pro Hermínio resolver algumas passagens da letra e só agora me liberei pra gravar. Como estou me reaproximando do violão, pode ser que venham algumas coisas por aí. Eu sempre tive muito pudor em colocar qualquer música minha. Mas um dia eu peguei o violão e cantei para o Rodolfo (Stroeter, do grupo Pau Brasil, produtor do CD) e a Kati (diretora da Biscoito Fino) e eles disseram: Você tá maluca de não gravar isso!? Em 76, depois de pronta, a música chegou a ser mandada para Roberto Carlos - disseram que ele gravou, mas não saiu".[36]
[editar] Estilo musical[editar] RepertórioNa história da MPB a tradição romântica foi intensificada nos anos 1980 e os temas de amor romântico e paixão, foram amplamente explorados por diversos cantores e compositores. Simone, que desde o início da carreira interpretou predominantemente canções românticas, figura dentre elas e é por isso elencada na categoria de cantora romântica.[37] O repertório abrange mais de 380 interpretações [38][39], um dos mais vastos e diversificados dentre as vozes femininas,[40] compondo um verdadeiro mosaico de estilos. O amor romântico ou idealizado, a paixão, (Começar de Novo, Jura Secreta, Corpo, Medo de Amar nº2, Raios de luz, Lenha), o samba (O Amanhã, Disputa de Poder, Ex-amor) e a religiosidade (Cantos de Maculelê, Reis e rainhas do Maracatu, Então é Natal, Ave Maria, Jesus Cristo) são os mais recorrentes na obra.
Ao longo da infância e juventude as principais referências deste repertório romântico foram Roberto Carlos, Milton Nascimento e Maysa Matarazzo, de quem é grande fã e que grande influência exerceu na carreira, Dolores Duran, Ângela Maria, Nora Ney e Elizeth Cardoso -- as maiores expoentes do gênero samba-canção ou fossa. O gênero, comparado ao bolero, pela exploração e exaltação do tema amor-romântico ou pelo sofrimento de um amor não realizado, foi chamado também de dor-de-cotovelo. O samba canção (surgido na década de 1930) antecedeu o movimento da bossa nova (surgido ao final da década de 1950, em 1957), com o qual Maysa já foi identificada. Mas este último, herdeiro do jazz norte-americano, representou um refinamento e uma maior leveza nas melodias e interpretações em detrimento do drama e das melodias ressentidas, da dor-de-cotovelo e da melancolia. O legado de Maysa, ainda que aponte para dívidas com a bossa, é o de uma cantora mais dramática e a voz é mais arrastada do que as intérpretes da bossa e por isso aproxima-se antes do samba-canção e do bolero. O declarado gosto pessoal da cantora por boleros advém desta herança musical.[37] Ao lançar o CD Fica comigo esta noite, comentou: Bolero é bolero. Quando você tem um cara como o Luiz Conte que tem uma pegada de bolero especial, fica mais fácil. É o métier dele. Por exemplo, no show, o (Fernando) Caneca tocava guitarra, violão, viola, tudo junto. No disco, a gente tem mais tempo e pode variar mais de músicos e testar o que for melhor. No mais, eu sou a rainha do bolero. Adoro!.[37]
Já como intérprete, Ivan Lins, Vitor Martins, Milton Nascimento, Fernando Brant, Paulo César Pinheiro, Gonzaguinha, Chico Buarque, Martinho da Vila, Fátima Guedes, João Bosco, Aldir Blanc, Isolda, Roberto Carlos, Hermínio Bello de Carvalho, Paulinho da Viola, Sueli Costa e Abel Silva são os compositores com maior número de interpretações na voz. O repertório atual inclui ainda Zélia Duncan, Cássia Eller, Adriana Calcanhotto, Aldir Blanc, Joyce, Martinho da Vila, Ivan Lins, Paulinho da Viola, Zeca Pagodinho e Lenine.
[editar] VozDesde o primeiro LP gravado até os dias atuais o talento então descoberto é expressado pela espontaneidade, o dom natural, sem qualquer registro de passagem por escolas de música ou aulas de canto,[41] tampouco utiliza a leitura de cifras como recurso de intelecção aos acordes. Marcada por um acentuado sotaque baiano, que o tempo nunca apagou, e um exclusivíssimo timbre [42][43][44] metálico de mezzo-soprano, a voz revela-se também por uma leve rouquidão com viés romântico, entrementes exaltada por um travo de emoção contida, como nos dramas românticos de Começar de novo, Jura secreta e Gota d´água. Na nomenclatura do canto o registro vocálico é de tessitura vertical mediana, contrabalançado por uma ampla horizontalidade ou versatilidade; atualmente, na maturidade, pode ser definido com o de um contralto, mais grave, que o do tenor e o do mezzo-soprano; observa-se na obra o uso do recurso do falsete, como em alguns versos do refrão de Jesus Cristo, no qual o timbre alcança um agudo para além do registro convencional. Trajetória profissional que se consolidou com um repertório eclético [45] ensejado por um alto grau de versatilidade vocal, abrangendo interpretações solo em castelhano e ao lado de nomes como Pablo Milanés, Plácido Domingo, José Carreras e Julio Iglesias. Foi por três vezes nomeada para concorrer ao Grammy Latino (em 2006, na categoria Melhor álbum de música brasileira com o Cd Baiana da Gema[46]).
[editar] PalcoA presença no palco é caracterizada entre outras pelo traje branco, altura incomum e porte atlético e o gesto de abrir os braços no formato de uma cruz,[47] contemplando gestualmente algumas canções. É característica também a maneira como Simone encerra os espetáculos, distribuindo flores, rosas brancas, para o público: As rosas são uma forma de agradecimento, é uma lembrança minha ao público. E a roupa branca já vem de muito tempo. O branco é a unificação de todas as cores e simboliza o meu mestre espiritual, que me acompanha sempre.[48]
[editar] SucessosA pedido, ganhou em 1978, do amigo Bituca, Milton Nascimento, a composição que se tornou então o apelido, Cigarra, do disco homônimo lançado no mesmo ano.[49] O pedido por uma canção com o tema de cigarra partiu da própria cantora por ocasião de um evento ocorrido em Salvador, quando Simone afirma ter sido surpreendida por uma voz que repetiu três vezes a palavra cigarra direcionando-se a ela e de maneira inusitada. A letra faz alusão à famosa fábula de Esopo, A Cigarra e a Formiga.
Além de Cigarra, foram consagradas na voz inúmeras canções, dentre as quais: Começar de Novo, Jura Secreta, Medo de amar no. 2, O ronco da cuíca, Face a face, Cordilheiras, Bodas de Prata, Quem é você, De frente pro crime, Fantasia, Quatro paredes, Desgosto, Mar e lua, Novo tempo, Música música, Condenados, Encontros e Despedidas, A distância, Outra vez, Danadinho danado, Canta canta minha gente, Disritmia, Sangrando, Cantos do maculelê, Louvor a Chico Mendes, Será, Sou eu, Você é real, Voltei pro morro, Samba de Orly (com Toquinho), Reis e rainhas do maracatu, Caçador de Mim, Sob medida, Maria Maria, Iolanda (com Chico Buarque), Atrevida, Por um dia de graça, Quem te viu quem te vê, Tô que tô, Tô Voltando, Gota d'água, Me deixas louca, Vida, Pão e Poesia, O Amanhã, Para não dizer que não falei das flores, Disputa de Poder, Uma nova mulher, O que será, Loca, Procuro Olvidarte, Raios de Luz, Tudo por amor, Tudo bem, Alma, Corpo, Amor no coração, Codinome beija-flor, Ex-amor, Um Desejo só não Basta, Amor explícito, Então é Natal, Jesus Cristo, Lenha, Separação, Pedaço de mim, Desesperar jamais, Saindo de mim, Começaria tudo outra vez, Veneziana, Idade do céu (com Zélia Duncan), Matriz ou filial, Cofre de seda, Muito estranho, Então me diz, É Festa, Existe um céu, Alma (com Zélia Duncan), Meu Ego, Migalhas, Love e outras.
Começar de Novo, do disco Pedaços (1979),[50] foi a canção-tema do seriado Malu Mulher (Rede Globo, 1979), que abordava assuntos polêmicos na época como a emancipação feminina, divórcio, aborto e violência doméstica. A personagem Malu (Regina Duarte) foi a primeira a tomar pílula contraceptiva na TV.[51] Simone foi escolhida para interpretá-la em detrimento de Maria Bethânia, cogitada também para a interpretação, mas que recusou. Na voz, a composição, que foi escrita especialmente para o seriado, por Ivan Lins e Vítor Martins, tornou-se um grande sucesso da época e um marco na história da MPB.[52] Começar de Novo foi gravada também por Barbara Streisand e Sarah Vaughan.[51]
[editar] ParceriasDentre as parcerias estão nomes como Milton Nascimento, Chico Buarque, Isolda, Roberto Carlos, Martinho da Vila, Zeca Pagodinho, João Bosco, Ivan Lins, Gal Costa, Toquinho, Cazuza, Erasmo Carlos, Gonzaguinha, Ney Matogrosso, José Luis Rodrigues, Dionne Warwick,[53] José Carreras, Plácido Domingo, Pablo Milanes, Julio Iglesias, Luís Represas, Fátima Guedes, Grupo Olodum da Bahia, Meninas Cantoras de Petrópolis, Daniela Romo, Eugênia Melo e Castro, Dulce Pontes, Hebe Camargo, Marília Gabriela, Ângela Maria, Zélia Duncan e outros.
Oficialmente, a vendagem mínima dos álbuns é de 7,2 milhões de cópias; o número semi-oficial é de 15 milhões:[6] vinte discos de ouro, dezesseis de platina e um de diamante. Apenas com o CD 25 de dezembro, somente com canções natalinas, ultrapassou 1,2 milhão. A reedição deste CD contou com a participação especial das Meninas Cantoras de Petrópolis, na canção Ave Maria, não constante da versão original. A versão em espanhol vendeu dois milhões de cópias.
[editar] Referência bibliográficaTravessia: A vida de Milton Nascimento. Maria Dolores. 2006. Ed. Rcb.
1985, O ano em que o Brasil recomeçou. Edmundo Barreiros e Pedro Só. 2006. Ediouro.
História sexual da MPB. Rodrigo Faour. 2006. Editora Rcb.
Nada será como antes, a MPB nos anos 1970. Ana Maria Baiana. 2006. Ed. Senac.
Timoneiro - Perfil Biográfico de Hermínio Bello de Carvalho. Alexandre Pavan. 2006. Ed. Casa da Palavra.
Toquinho: 40 anos de música. João Carlos Pecci. 2005. RCS Editora.
Viver de Teatro - Uma biografia de Flávio Rangel. José Rubens Siqueira. Ed. Nova Alexandria.
Meus Discos e Nada Mais - Memórias de um DJ na Música Brasileira. Zé Pedro. 2007. Editora Jaboticaba.
Ouvindo Estrelas - A Luta, a Ousadia e a Glória de um dos Maiores Produtores Musicais do Brasil. Marco Mazzola. 2007. Editora Planeta.
Todos Entoam - Ensaios, Conversas e Canções. Luiz Tatit. 2008. Editora Publifolha.
Vou te contar, Histórias de Música Popular Brasileira. Walter Silva. 2002. Ed. Conex.
Bibliografia não crítica. Apenas citações.
[editar] Canções temas de telenovelasUm desejo só não basta (Corpo a Corpo) - Sony
Pensamentos (Explode Coração) - Universal
Íntimo (Uma Esperança no Ar) - Sony
Naquela noite com Yoko (Brilhante) - Sony
Quem é Você (A Próxima Vítima (telenovela)) - Sony
É festa (Senhora do Destino) - Universal
Sentimental demais (Laços de Família) - Universal
Será (Perigosas Peruas) - Sony
Desafio (Mulheres de Areia) - Sony
Apaixonada (Pantanal) - Sony
Então Me Diz (Belíssima) - EMI
Raios de Luz (De Corpo e Alma) - Sony
Muito Estranho (Desejos de Mulher) - Universal
Veneziana (A Lua me Disse) - EMI
Seu Corpo (Sassaricando) - Sony
Loca-Crazy (Torre de Babel) - Universal
Tô Que Tô (Sol de Verão) - Sony
Anjo de Mim (Anjo de Mim) - Sony
Em Flor (Roda de Fogo) - Sony
Amor explícito (Corpo Santo) - Sony
Carta Marcada (Araponga) - Sony
Beija, Me Beija, Me Beija (O Amor Está no Ar) - Universal
Uma Nova Mulher (Tieta) - Sony
Sob Medida (Os Gigantes) - EMI
Saindo de Mim (Chega Mais) - EMI
Medo de Amar nº 2 (Sinal de Alerta) - EMI
Povo da Raça Brasil (Terras do Sem Fim) - EMI
Mulher da Vida (Champagne) - Sony
O Tempo Não Para (O Salvador da Pátria) - Sony
Começar de Novo (Malu Mulher) - EMI
A Outra (Roque Santeiro) - Sony
Desesperar jamais (Água Viva) - EMI
Face a Face (O Pulo do Gato) - EMI
Valsa do Desejo (Força de um Desejo) - Universal
Mundo Delirante (Elas por Elas) - Sony
Vento nordeste (Pé de Vento) - EMI
Existe um céu (Paraíso Tropical) - EMI
Jura secreta (O Profeta e Memórias de Amor) - EMI
Cigarra (Cara a Cara) - EMI
Ela disse-me assim (Os Imigrantes - Terceira Geração) - EMI
Então vale a pena (Salário mínimo) - EMI
O que será (Dona Flor e Seus Dois Maridos) - EMI
Enrosco (Paixões Proibidas) - EMI
Medo de amar nº2, ao vivo (Três Irmãs) - Biscoito Fino
Migalhas (Viver a vida) - Biscoito Fino
Love (Insensato Coração) - Biscoito Fino
[editar] Principais espetáculos1973: Panorama brasileiro Feira Brasil Export de Bruxelas (Bélgica) e Olympia de Paris (França)
1973: Simone, Turnê nos Estados Unidos e no Canadá
1973: Expo 73, Esporte Clube Pinheiros, São Paulo
1977: Projeto Pixinguinha, Teatro Dulcina, Rio de Janeiro e turnê nacional
1978: Cigarra, Canecão, Rio de Janeiro
1979: Pedaços, Canecão (RJ) e turnê nacional
1981: Simone, Maracanãzinho, Rio de Janeiro
1982: Canta Brasil, Estádio do Morumbi, São Paulo
1982: Corpo e alma, Canecão, Rio de Janeiro
1992: Sou eu, Estádio do Morumbi, São Paulo
1997: Brasil, o Show, Metropolitan, Rio de Janeiro
2000: Fica comigo esta noite, Canecão, Rio de Janeiro
2004: Baiana da Gema, Tom Brasil, São Paulo
2004: Baiana da Gema, Canecão, Rio de Janeiro
2004: Baiana da Gema, Scala, Rio de Janeiro
2005: Baiana da gema, Claro Hall, Rio de Janeiro
2006: Projeto Credicard Vozes, Bourbon Street, São Paulo
2006: Simone Canecão, Rio de Janeiro
2006: Simone e Ivan Lins, Au-Rene Theater, Broward Center, Miami
2006: Tom Acústico com Zélia Duncan, Tom Brasil, São Paulo
2008: Tour nacional de Amigo é casa
2009: Turnê de Amigo é Casa em Portugal
2009: Em boa companhia, Canecão, Rio de Janeiro
2009: Em boa companhia, Teatro Bourbon, São Paulo
2010: Em boa companhia, DVD, Teatro Guararapes, Recife
2010: Festival da América do Sul, Corumbá
2010: Inauguração da Árvore de Natal da Lagoa Rodrigo de Freitas
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Simone (1972) - 5 mil
Quatro Paredes (1974) - 50 mil
Gota d'Água (1975) - 50 mil
Face a Face (1977) - 140 mil
Cigarra (1978) - 140 mil
Pedaços (1979) - 250 mil
Ao Vivo (1980) - 300 mil
Simone (1980) - 300 mil
Amar (1981) - 400 mil
Corpo e Alma (1982) - 700 mil (chegou com 250 mil cópias vendidas)
Delírios e Delícias (1983) - 300 mil
Desejos (1984) - 300 mil (chegou com 250 mil cópias vendidas, mais vinte mil no Japão)
Cristal (1985) - 500 mil (mais cem mil - disco de prata - em Portugal)
Amor e Paixão (1986) - 800 mil (900 mil, chegou com 550 mil cópias vendidas)
Sedução (1988) - 250 mil
Simone (1989) - 250 mil
Raio de Luz (1991) - 100 mil
Simone Bittencourt de Oliveira (1995) - 300 mil
25 de Dezembro (1995) - 1,2 milhão
Café com Leite (1996) - 600 mil
25 de diciembre (1996) - 2 milhões
Brasil O Show (1997) - 100 mil
Loca (1998) - 100 mil
Fica Comigo Esta Noite (2000) - 100 mil
Seda Pura (2001) - 68 mil
Feminino (2002) - 53 mil
Baiana da Gema (2004) - 50 mil (1º mês) - disco de ouro - 125 mil - disco de platina (abril 2005)
Ao Vivo (2005) - 100 mil
Ao Vivo (2006) (DVD) - 25 mil (50 mil)
Total: 7.231.
[editar] Discografia[editar] EMI1973 - Simone
1973 - Brasil Export
1973 - Expo Som 73 - ao vivo
1974 - Festa Brasil
1974 - Quatro Paredes
1975 - Gotas D'Água
1977 - Face a Face
1978 - Cigarra
1979 - Pedaços
1980 - Simone Ao Vivo no Canecão
1980 - Simone (Atrevida)
2004 - Baiana da Gema
2005 - Simone ao Vivo
2009 - O Canto da Cigarra nos anos 1970 (box com 11 Cds)
[editar] Sony BMG / CBS1981 - Amar
1982 - Corpo e Alma
1983 - Delírios e Delícias
1984 - Desejos
1985 - Cristal
1986 - Amor e Paixão
1987 - Vício
1988 - Sedução
1989 - Simone (Tudo por Amor)
1991 - Raio de Luz
1991 - Simone - Procuro Olvidarte (Espanhol)
1993 - Sou Eu
1993 - La Distancia (Espanhol)
1995 - Simone Bittencourt de Oliveira
1996 - Dos Enamoradas (Espanhol)
[editar] Universal / Polygram1995 - 25 de Dezembro
1996 - Café com Leite
1996 - 25 de diciembre (Espanhol)
1997 - Brasil, O Show - ao vivo
1998 - Loca (Espanhol)
2000 - Fica Comigo Esta Noite
2001 - Seda Pura
2002 - Feminino - ao vivo
[editar] Biscoito Fino2007 - Amigo é Casa (CD, DVD)
2009 - Na Veia (CD)
2010 - Em Boa Companhia (CD, DVD)
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